Recentemente, as demissões em massa nas startups brasileiras tornaram-se um assunto entre os investidores e, claro, entre os assessores de investimento.
Muitos se perguntam o que está acontecendo, se esse tipo de negócio está passando por uma crise e, caso sim, se haverá recuperação.
Responder tudo isso é complicado, uma vez que existem diversos fatores relacionados com as demissões. Mas, de forma geral, todos eles estão ligados com a economia do Brasil e dos Estados Unidos.
Entender mais sobre essa mudança e o seu real impacto nos investimentos é uma ótima forma de trazer mais segurança para a carteira e tomar as decisões corretas. Continue lendo e saiba mais sobre as demissões em massa nas startups.
As demissões em massa em startups brasileiras
Entre o início desse ano até o mês de agosto, diversas startups brasileiras anunciaram demissões em massa.
A Ebanx, a primeira unicórnio brasileira, foi uma delas. Em junho, ela dispensou 20% do seu quadro de funcionários, totalizando 340 pessoas.
Além dela, muitas outras startups reduziram a sua equipe no Brasil, como:
- Kavac: 300 dispensas,
- Facily: dispensou 60% da sua equipe,
- Vtex: 193 demissões,
- Favo: 170 desligamentos,
- QuintoAndar: corte em 4% do time,
- Loft: 159 demissões,
- Olist: sem números oficiais,
- Liv Up: 100 dispensas,
- SumUp: 92 funcionários demitidos.
O que levou as demissões em massa nas startups?
Como já falado, existem muitos motivos que levaram as demissões em massa nas empresas do tipo startups, mas o principal foi a mudança do panorama do mercado de forma geral, principalmente dos Estados Unidos.
Entre 2010 e 2019, a economia desta nação cresceu quase todos os anos cerca de 2% anualmente. Como consequência, havia muito capital disponível no mercado e as taxas de juros estavam baixas, o que fez com que os investidores alocassem seu recurso em startups que consideravam inovadoras.
E isso também aconteceu aqui no Brasil. Nesse período, mais de 25 negócios se tornaram unicórnios, como:
- iFood,
- Ebanx,
- QuintoAndar,
- 99,
- Gympass,
- Nubank,
- Loggi.
Mas tudo isso mudou quando a pandemia de Covid-19 foi anunciada. A inflação disparou em todo o mundo e atingiu patamares surpreendentes. Nos Estados Unidos, por exemplo, a inflação foi a maior das últimas 4 décadas.
Com isso, veio o aumento das taxas de juros e os investidores passaram a optar por aportes mais seguros, deixando as startups com baixa captação de recursos, o que fez muitos negócios serem obrigados a realizar demissões em massa.
Então não vale mais a pena investir em startups?
Com as demissões em massa nas startups, muitos empreendedores ficaram com medo de investir nesse tipo de negócio por achar que elas vão quebrar ou não vão gerar lucro, mas não é bem assim.
Existem muitos negócios que continuam crescendo e estão se mostrando lucrativos, o que mostra que nem todas as startups estão em crise.
O que é necessário fazer antes de realizar qualquer aporte nesse tipo de negócio é avaliar de forma criteriosa o crescimento, as previsões e, claro, considerar as mudanças que ocorreram no cenário econômico do mundo.
Apenas dessa forma você trará mais segurança para o seu aporte e evitará um investimento com baixa rentabilidade e alto risco.
Para isso, faça uma análise dos reports, busque bastante informações sobre as startups e não faça aportes às cegas. Além disso, uma boa ideia é minimizar os riscos por meio de diversificação de investimentos.
Se você gostou de saber mais sobre esse assunto, continue no blog e leia sobre quando devo começar a investir no metaverso.