Você sabia que existe um mercado voltado exclusivamente para pessoas que estão interessadas em investir em vinhos finos, assim como o mercado de ações?
É exatamente esse o objetivo deste artigo. Vamos discutir um pouco mais sobre os vinhos e seus tipos, e como funciona o mercado para quem quer investir em vinhos.
Os vinhos e suas características
O vinho é uma bebida de teor alcoólico médio, produzida a partir da fermentação das uvas. O sabor de um vinho para outro pode variar bastante. Isso ocorre devido ao processo de fermentação no qual se formam substâncias naturais que são responsáveis por conferir diferentes sabores e aromas.
Como são as uvas que determinam a produção do vinho, se você quer começar a degustar e investir em vinhos é importante ficar de olho em alguns dos diferentes nomes de uvas que você certamente verá estampado nos rótulos: Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Chardonnay, Syrah, entre muitas outras, além de misturas entre diferentes uvas para criar um sabor único.
O que significa degustar vinho?
Degustar vinho é uma atividade que envolve um contato mais intimista com a bebida. As etapas da degustação são, basicamente, três: análise visual, olfativa e gustativa.
Mesmo havendo degustações temáticas, com focos diferentes, como vertical e horizontal, essas três etapas permanecem as mesmas.
Análise visual
Para fazer uma análise visual ao degustar vinho, você deve utilizar uma taça transparente, já que as coloridas impedem a avaliação. O ideal é servir a dose de degustação.
Analisar o aspecto olfativo de um vinho
Não existe uma regra rigorosa quanto o girar da taça, mas é bacana analisar notas aromáticas antes e depois do giro. O objetivo é verificar se elas mudam (ou surgem) após a oxigenação.
Alguns vinhos expressam os aromas aos poucos, de acordo com o tempo e o contato com o oxigênio. O movimento giratório tende a facilitar a concentração dos aromas na parte superior da taça, o que favorece a percepção.
Analisar o aspecto gustativo de um vinho
Na análise gustativa, são avaliados o corpo, o dulçor, a acidez, o amargor e o álcool. A acidez é um ponto importante para qualquer tipo de vinho, para que a bebida seja agradável ao paladar. Ela se destaca nos brancos.
A origem dessa característica está, principalmente, na uva e na produção. Ao entrar em contato com a mucosa da boca, os ácidos do vinho desequilibram o pH local e, para equilibrá-lo, a cavidade bucal é inundada com saliva.
Isso significa que quanto maior a acidez do vinho, maior será a salivação.
Apresentaremos 15 tipos de uvas neste artigo, sendo elas:
- Carménère
- Syrah
- Tempranillo
- Malbec
- Merlot
- Chardonnay
- Sauvignon Blanc
- Pinot Noir
- Cabernet Sauvignon
- Petit Verdot
- Tannat
- Touriga Nacional
- Cabernet Franc
- Sangiovese
- Viognier
1. Carménère
Carménère tem uma história tanto quando inusitada. Por muitos anos a casta foi confundida com a Merlot. Originária de Bordeaux, a uva foi considerada extinta por causa da crise da Filoxera que assolou o mundo do vinho no século XIX.
Contudo, em 1994, o ampelógrafo Jean-Michel Boursiquot descobriu que parte das plantações de Merlot do Chile eram, na verdade, Carménère. A descoberta se deu em terras da Vinã Carmen, que foi responsável por engarrafar o primeiro lote da uva, cortado com Cabernet Sauvignon, em 1996, e chamou de Grande Vidure.
O Chile por estar protegido por grandes barreiras naturais (como a cordilheira dos Andes, deserto do Atacama e a Patagônia) não teve suas vinhas atacadas pelo fungo, que não conseguiu transpor esses obstáculos. Com isso, descobriu-se que a casta foi preservada no país. Atualmente, podemos afirmar que a Carménère é uma típica uva chilena, e não francesa.
Características: Os vinhos de Carménère apresentam uma combinação de aromas de frutas pretas e vermelhas maduras, terra molhada e pimenta preta. Em boca são suaves, com pouco tanino, baixa acidez e muito álcool.
No geral, são vinhos sem muita complexidade. Mas quando estagiado em madeira, ganham notas de café, cravo e tabaco. Há exemplares mais complexos que se beneficiam com o tempo, e podem ser guardados por oito ou dez anos.
A Carménère precisa de certa atenção. Se não colhida na época exata, origina vinhos ásperos, com pouca expressão frutada e um herbáceo excessivo. A pirazina, substância existente na casca da uva, não completa seu processo químico e deixa aroma de pimentão no vinho. Isso também acontece muito com a Cabernet Sauvignon.
2. Syrah
Syrah é uma uva originária da França, mais precisamente da região sul do Rhône, mas também é amplamente cultivada na Austrália, onde recebe o nome de Shiraz (mesmo sendo o nome traduzido da mesma casta, os vinhos são completamente diferentes).
O fruto da Syrah ou Shiraz é pequeno, com pele bem grossa e cor escura. A uva é bem resistente a doenças e se adapta fácil a diversas regiões. Precisa de clima quente a moderado para amadurecer, não se desenvolve bem em climas frios.
Características: Os vinhos Syrah são, normalmente, encorpados, com cor profunda, níveis médios ou altos de taninos e acidez média, excelentes opções para quem quer investir em vinhos. Apresentam aromas de frutas pretas, chocolate e especiarias doces. Nas regiões de clima moderado pode apresentar toques herbáceos, carne defumada e pimenta preta.
Aromas de fumo, tosta, baunilha e coco em vinhos de Syrah são provenientes do estágio em barricadas de carvalho, que comumente são utilizados nesse tipo de uva.
Com o tempo, os exemplares mais complexos tendem a desenvolverem notas de couro, folha molhada, terra e traços animal.
3. Tempranillo
Oriunda da Espanha, é muito utilizada na elaboração de vinhos tintos. Devido à sua boa adaptação aos diferentes climas e solos, ela tem sido cultivada em diversos países no último século, como na Argentina, Austrália, Estados Unidos e África do Sul.
Seu nome se deve ao fato de brotar precocemente, conseguindo amadurecer mais cedo, e consequentemente tendo um ciclo mais curto. Ela apresenta diversas outras denominações ao redor do mundo. Em Portugal, é conhecida como Tinta Roriz, na Itália é chamada de Negretto e, nos Estados Unidos, ganha a denominação Valdepeñas.
Características: Essa casta resulta em vinhos tintos com equilíbrio, teor alcóolico de nível médio/alto. Textura macia e com taninos incrivelmente elegantes. Lembrando que como uma bela “bebida viva”, o vinho estará sujeito a diversas modificações.
A Tempranillo apresenta cachos cilíndricos, compactos e de tamanho médio. Seus frutos são caracterizados pela casca grossa e de coloração escura devido à grande quantidade de pigmentos. Muitos amantes do vinho revelam que seus aromas estão no meio do caminho entre os da Cabernet Sauvignon e da Pinot Noir. Demonstrando que além das famosas frutas vermelhas, podemos encontrar especiarias, nuances herbáceas e também notas terrosas, contudo, os aromas florais são encontrados com frequência.
4. Malbec
A Malbec é uma casta originária da França, cultivada em Cahors e Bordeaux, mas que encontrou sua expressividade na Argentina. A partir da uva Malbec são produzidos principalmente vinhos tintos. Mas existem também outros tipos de vinho: rosés, espumantes e até vinho de sobremesa feitos da uva.
Para um bom desenvolvimento a casta precisa estar em áreas de altitude, com muita exposição solar, pouca chuva e grande amplitude térmica.
Características: Os vinhos produzidos com Malbec são encorpados com níveis médios mais de taninos e acidez moderada. Apresentam aroma frutado, que remete a frutas negras maduras, como amora e ameixa preta; especiarias, como cravo-da-índia, baunilha e pimenta; e nuances florais de violeta. O Malbec tinto tem coloração vermelha muito escura, com reflexos roxos. Por serem potentes, beneficiam-se com o envelhecimento em madeira.
Na Argentina alguns produtores estão criando exemplares mais suaves, com menos tanino. São feitas também versões rosés e espumantes. O Malbec rosé apresenta uma boa estrutura de corpo, com aromas que variam de frutas frescas a frutas maduras. Os espumantes de Malbec, são bem frutados e muito frescos.
5. Merlot
Originária de Bordeaux, a casta Merlot (a variedade mais plantada na França) produz vinhos tintos mais macios e cheios de fruta, que podem ser bastante exuberantes e ricos. Os vinhos produzidos com a uva possuem uma textura sedosa e podem ser densos e encorpados ou saborosos e fáceis de beber, dependendo do estilo. A uva Merlot se adapta muito bem a climas mais frios quando comparada a Cabernet Sauvignon, podendo ser cultivada em solos áridos, argilosos, rochosos e ferrosos.
Características: Os aromas dominantes da Merlot geralmente são framboesa, cereja negra, frutas cristalizadas, chocolate e cedro.
Em climas frios, variam mais para groselhas e ameixas, enquanto nos quentes, tendem a frutas negras em geleia ou compota. Seus vinhos costumam ter cor vibrante, fruta em evidência, textura suave e sabor rico, com acidez média, bom corpo e taninos macios.
6. Chardonnay
A Chardonnay é a uva branca de maior sucesso no mundo e está para os brancos assim como a Cabernet Sauvignon para os tintos. A casta é originária da Borgonha, onde há vinhos maravilhosos, incrivelmente elegantes e complexos. No Novo Mundo, consagrou-se na Califórnia, Austrália, Chile, Argentina, África do Sul, Nova Zelândia, Brasil e muitos outros locais.
Na Europa, também produz grandes vinhos em muitas regiões. Há vários estilos diferentes, alguns mais elegantes, outros mais exuberantes. A casta Chardonnay se presta muito bem ao envelhecimento em carvalho. No entanto, como para qualquer uva de muito sucesso, existem também diversos exemplares de menor qualidade, e é essencial prestar atenção ao nome do produtor.
Características: Os vinhos elaborados com a uva Chardonnay podem ter os mais variados estilos que caracterizam um branco: desde leve e neutro aos mais encorpados e longevos, passando pelos espumantes e até os vinhos de sobremesa. Por ser um dos tipos de vinhos de mais sucesso do mundo, são uma excelente opção para quem quer investir em vinhos.
7. Sauvignon Blanc
A casta Sauvignon Blanc é outra uva branca de muito sucesso, originária da região de Bordeaux, onde produz grandes vinhos brancos, bastante ricos e exuberantes. Também é muito encontrada no Vale do Loire, em vinhos finos, elegantes e cheios de charme, como os Sancerre e Pouilly-Fumé. Na região de Bordeaux, a casta é normalmente utilizada em vinhos de corte, junto com a uva Semillon.
Características: Aromática e refrescante por essência, é conhecida por manter seu caráter e nitidez onde quer que seja cultivada, razão pela qual é uma excelente opção para quem está dando os primeiros passos no reconhecimento dos vinhos.
De forma geral, é uma casta que se adapta muito bem a uma grande variedade de solo e climas. Mas se fizermos um comparativo, podemos distingui-la em dois grandes estilos:Velho Mundo e Novo Mundo.
8. Pinot Noir
Uma excelente uva para iniciar na apreciação de vinhos!É originária da região da Borgonha, na França, e tem como especialidade, além dos tintos, a produção de champagnes e espumantes
Entre os tipos de uvas, é uma das mais consumidas no mundo e cultivada em inúmeros países, como Nova Zelândia, Alemanha e Estados Unidos. Rótulos da categoria apresentam corpo médio. É uma ótima opção para quem está começando a degustar vinhos tintos por conta de seu consumo fácil. É uma das poucas castas tintas que podem ser harmonizadas com carnes brancas e peixes.
Características: A uva Pinot Noir é uma das mais tradicionais da França, sendo considerada por muitos a mais elegante. É uma uva bastante sensível às alterações de clima e de solo, podendo apresentar grandes variações entre safras e terroirs (solos e microclimas) diferentes.
A Pinot Noir também é famosa pela casca fina, que contribui para sabores mais delicados e uma coloração vermelha menos intensa. Seus aromas mais comuns são amora, cereja, framboesa, especiarias, flores e ervas. Em idade mais avançada, também apresenta toques animais, couro e cogumelos secos.
De qualquer forma, não é fácil definir um sabor típico. Afinal, esta é uma cepa que depende bastante do terroir do qual foi cultivada.
9. Cabernet Sauvignon
É uma casta de uvas da espécie Vitis vinifera a partir da qual é fabricado vinho. Originária da região de Bordeaux, no sudoeste da França, ela é a uva vinífera mais difundida no mundo, encontrando-se em todas as zonas temperadas e quentes. É conhecida como “a rainha das uvas tintas”, vigorosa e pouco suscetível às doenças que atacam as videiras.
Características: Os frutos da Cabernet Sauvignon são pequenos, de cor roxo-azulado intensa. O vinho, quando jovem, tem uma coloração rubi com bordas violáceas e, conforme envelhece, vai ganhando tons acastanhados.
No paladar, traz um corpo intenso, taninos firmes e acidez agradável. Por essa razão, costuma ser um bom vinho tanto para iniciantes, que querem se acostumar com as características da bebida, quanto para enófilos, que buscam rótulos com intensidade.
No nariz, é possível perceber notas de cereja, cassis e especiarias. O aroma de pimentão, muitas vezes também aparece, graças a um composto aromático encontrado em grande quantidade na sua casca, que são as chamadas pirazinas.
Quando envelhecido em barrica, seus taninos são amaciados e também podem desenvolver aromas de baunilha, ameixa, chocolate e tabaco.
10. Petit Verdot
É uma uva tinta francesa que está entre as seis permitidas para elaboração de vinhos em Bordeaux, na França. Essa uva, cujo nome faz referência aos cachos pequenos, devido à maturação tardia, e também a presença das uvas verdes misturadas às roxas, costuma originar vinhos mais robustos, com taninos presentes e coloração intensa. A intensidade da cor é resultado da casca grossa que concentra bastante tanino e antocianina, o pigmento responsável pela coloração.
Características: Ela é utilizada para dar estrutura e cor ao vinho de corte, conferindo maior potência, mais estrutura e mais força ao vinho. Ao colocar a Petit Verdot no corte, o vinho se torna mais encorpado.
Além disso, graças à sua casca grossa, agrega taninos e acidez ao vinho. É pouco usada em vinho varietal porque sozinha resulta em vinhos ácidos e com taninos muito marcantes. No entanto, algumas regiões conseguem produzir bons vinhos varietais dessa uva.
11. Tannat
Provavelmente você já ouviu falar da Tannat, uva que, aqui no Brasil, é mais conhecida pela produção de vinhos uruguaios. Apesar de ser uma uva muito conhecida aqui na América do Sul, em especial no Uruguai, a Tannat tem origem francesa, e é uma ótima opção para quem quer investir em vinhos.
Apesar de ser uma variedade antiga, a fama mundial da Tannat começou no século 21, quando estudos elencaram essa uva como fonte de possíveis benefícios para a saúde devido ao alto nível de procianidinas, antocianinas, resveratrol e outras substâncias presentes na casta.
Características: A coloração intensa e o alto nível de taninos são as características mais marcantes da Tannat, e ambos são provenientes da casca. Essa é uma variedade de cachos médios a grandes e bagos pequenos de casca grossa. Por conta da espessura da casca, a uva precisa de uma quantidade moderada de calor para amadurecer todos os seus compostos, tendo o ciclo de maturação intermediário.
De forma geral, os vinhos da Tannat apresentam coloração púrpura profunda ou rubi com tons violáceos.
Os aromas típicos são de frutas negras e especiarias; na boca, a acidez é bem pronunciada, o que contrabalanceia os níveis de taninos, e o teor alcoólico costuma ficar entre 13 a 14%. Essa estrutura permite uma boa integração do vinho com a madeira Inclusive, muitos exemplares também apresentam um bom potencial de envelhecimento.
12. Touriga Nacional
A Touriga Nacional é uma nobre casta portuguesa muito apreciada no país europeu. Entre as uvas tintas, é uma das mais importantes produções e origina saborosos vinhos mundialmente degustados pelos enófilos. Esse tipo de uva possui um cacho pequeno, alongado e arredondados e muitas vezes em formato desigual.
Ela é a rainha das uvas tintas portuguesas, a Touriga Nacional é a casta símbolo da terra dos grandes poetas Camões e Pessoa. Sua nobreza tem origem nas terras da região de Dão, um importante reduto vinícola do país lusitano, mas seu cultivo há muito tempo ganhou importância em todo o território nacional, indo do Alentejo ao Douro.
Recentemente, ela também se tornou internacional, já que países do novo mundo como Austrália, Estados Unidos, Chile e África do Sul, além da Espanha, passaram a produzir vinhos de excelente qualidade com esta variedade de uva.
Características: Seus cachos são delicados e compactos, com formato arredondado, bem definido e coloração negro azulada. Sua pele tem boa espessura, o que ajuda na obtenção de cores intensas. Sua polpa é rígida e suculenta. Seu aroma é profundo, variando entre o floral e o frutado, mas característico, e inconfundivelmente nobre. Assim, em poucas palavras, pode-se definir os aspectos físicos da nobre uva portuguesa.
Apesar de fértil, ou seja, se adapta bem a diversos terrenos, a Touriga tem baixa produtividade devido ao seu caráter de elevado vigor fisiológico. Seu cultivo exige cuidados especiais, já que sua maturação é intermediária; virtudes como rusticidade e forte resistência a pragas, entretanto, fazem dela uma casta especial.
13. Cabernet Franc
Perfumada e estruturada, a uva Cabernet Franc é parente da Cabernet Sauvignon e brilha na região do Loire e em Bordeaux, na França, e em outras regiões espalhadas mundo afora.
A Cabernet Franc é, sem dúvida alguma, uma das uvas mais antigas e mais importantes na região de Bordeaux.
Em 1997, através de um teste de DNA, foi comprovado que a Cabernet Franc é parente da Sauvignon Blanc e da Cabernet Sauvignon. A Cabernet Franc é uma variedade que se adapta bem a climas frios. Ela costuma amadurecer antes que a Cabernet Sauvignon, evitando assim épocas de temperaturas extremamente baixas, como as geadas que costumam ocorrer na Serra Catarinense.
Características: Geralmente, essa variedade costuma ser mesclada com outras, como Merlot, Syrah e Malbec. É o caso do nosso Madai. Quando utilizada em cortes, ela sempre acrescenta maciez e mais complexidade aromática.
Os aromas mais pronunciados desta variedade são frutas escuras, como framboesa, amora, groselha, um leve toque floral de violetas, especiarias e uma leve nuance vegetal.
14. Sangiovese
Se você já consumiu algum vinho italiano, provavelmente já deve ter ouvido algo a respeito da uva Sangiovese. Afinal, trata-se de uma variedade de uma das uvas mais cultivadas na Itália e a protagonista de rótulos importantes. Para se ter uma ideia dessa relevância, a Sangiovese chega a ocupar 10% dos vinhedos instalados em terras italianas.
Entretanto, o número de sinônimos e clones dessa encantadora casta de uvas é grande, por isso ela também produz vinhos que podem ser bastante diversos nos sabores.
Características: Tanto a personalidade quanto o estilo que marcam os vinhos da uva Sangiovese são características que dependem diretamente de seu microclima.Geralmente, a exploração dessas uvas resulta em vinhos tintos de corpo médio, com taninosque variam de médios a fortes. Do mesmo modo, a Sangiovese é utilizada para produzir os tintos leves ou encorpados, assim como rosés e espumantes. Até mesmo em vinhos de sobremesa a versátil uva italiana já foi vista.
Quase sempre os vinhos produzidos a partir da uva Sangiovese apresentam uma boa expressão de frutas, especiarias e notas herbáceas. Ameixas, cerejas, framboesas e morangos dão à bebida os sabores mais intensos e marcantes. Por fim, além de trazerem taninos firmes e acidez elevada, os rótulos de boa qualidade são muito equilibrados e com final elegante.
15. Viognier
Uma uva branca versátil, cheia de personalidade, não muito conhecida por aqui e com nome difícil de pronunciar: assim é a Viognier (se fala vioniê). Ela dá origem a vinhos brancos deliciosos, varietais e blends, mas também é usada na elaboração de tintos, inusitadamente, para clareá-los e conferir aromas diferenciados.
Não se sabe exatamente onde a Viognier surgiu. Pesquisadores acreditam que ela seja de origem croata, ainda que o nome seja francês, e que tenha chegado ao Vale do Rhône há mais de dois séculos.
Com a Filoxera no século 19, essa variedade quase foi extinta, mas se reergueu ainda no Rhône e saiu da França para ganhar outros países produtores, como Estados Unidos, África do Sul, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Itália e Brasil.
Características: Os vinhos secos elaborados com essa casta geralmente são bem aromáticos, com pouca acidez e alto teor alcóolico. Os aromas mais comuns são de flores brancas, frutas brancas e amarelas como pera, damasco fresco e pera, além de ervas como tomilho, camomila, pinho e lavanda.
Já os doces adquirem aromas de mel e damasco seco. Ela é usada também na produção de vinhos doces de colheita tardia.
É comum encontrar quem gosta de vinho, afinal, com tamanha variedade de sabores e cheiros fica fácil, ou difícil rs, encontrar um rótulo que harmonize e agrade. Vemos em filmes, pessoas apreciando vinho nos mais diversos locais e momentos do dia, instigando ainda mais nosso desejo por ele.
Todo o processo, desde a descoberta de novas misturas até o líquido final estar pronto para consumo, gera grande interesse nos apaixonados pela bebida e dessa paixão surgiu um grande “mercado de vinhos”. Assim como negociamos os mais variados ativos, seja no âmbito pessoal ou profissional, o vinho, com todas as suas peculiaridades, não é diferente!
Safras específicas, conservação, idade, são apenas alguns fatores que fazem uma garrafa se valorizar. Comprar certos rótulos é também uma forma de investimento e investimento bom! Dúvida?
Abaixo uma tabela de 2020, divulgada pelo “Liv-ex The Fine Wine Market”.
O destaque é o vinho Domaine de la Romanee-Conti La Tache Grand Cru Monopole da safra de 2007.
Em janeiro desse ano tinha o valor de €33.048 e em 6 meses teve 15% de valorização, custando atualmente €38.004 (mais de R$210mil). Mesmo o último da lista valorizou 8% em 6 meses, nada mal né!?
E aí, o que achou da ideia? Ficou com alguma dúvida sobre como investir em vinhos? Então, continue no meu blog e saiba mais sobre Como montar uma carteira de investimentos.