O economista Harry Markowitz, pronunciou as seguintes palavras na década de 50: “Não coloque todos os ovos na mesma cesta!”.

Talvez o que Markowitz não podia prever é que esse mantra faria sentido até os dias de hoje e seria utilizado por milhares de investidores no mundo todo.

Qualquer investimento possui riscos, a diversificação pretende diminuir os impactos deles em seu portfólio. A ideia é aplicar seus recursos em diferentes produtos financeiros, a fim de diminuir os efeitos dos riscos existentes e reduzir as perdas. Além de otimizar seus recursos com base em suas necessidades de curto, médio e longo prazo.

O pensamento é relativamente simples: Se você tiver 100% de seu dinheiro investido em uma única aplicação, qualquer problema no mercado, que afete a esse investimento diretamente, poderá comprometer todo o seu resultado. Pense no que acontece com a falência de empresas, por exemplo. Seus acionistas perdem milhares de reais e acumulam prejuízos incalculáveis.

Ao diversificar os seus investimentos, as coisas ficam um pouco diferentes. Mesmo que os riscos ainda existam, eles são minimizados pelas diferentes aplicações em sua carteira.

Usando o mesmo exemplo, as perdas poderiam ser minimizadas com os ganhos de outro produto financeiro. Ou quem sabe, seu portfólio de investimentos nem percebesse a sangria pelo fato dos ganhos das outras aplicações superarem as perdas.

Diversificar investimentos é a melhor escolha para evitar perdas e aumentar sua rentabilidade. Separar os “ovos” em diferentes cestas ajuda a preservar o seu patrimônio.

Mas como investir em uma estratégia eficaz de diversificação? Veja a seguir os pontos determinantes para proteger sua carteira de investimentos e aumentar os seus lucros.

Tipos de riscos nos investimentos

Cada investimento possui riscos pertinentes ao mercado do qual faz parte. A renda fixa, por exemplo, não possui tantos riscos como outros investimentos. Mas sua rentabilidade também costuma ser mais baixa do que a média de mercado. Sendo assim os investidores que optarem por segurança, nesse caso, perderão o potencial de retorno de outras aplicações financeiras mais arriscadas. Veja esse post sobre FGC – Fundo Garantidor de Crédito e saiba quando e como vocês estará protegido por ele.

O mercado de renda variável é justamente o contrário. Os ganhos tendem a ser maiores que a renda fixa, mas os riscos também são mais significativos.

A diversificação de investimentos pretende minimizar as perdas desses dois tipos de aplicações. A ideia é balancear a sua carteira para minimizar os riscos de cada investimento.

Mas, quais os tipos de riscos mais comuns?

Separei as perdas dos investimentos em duas classificações básicas: os diversificáveis e não diversificáveis. Veja o que é cada um deles e como funcionam, a seguir!

Não diversificáveis ou sistêmico

São conhecidos também como riscos de mercado e se referem aos perigos que assolam a todos os tipos de investimentos. São fatores que influenciam a economia como um todo e, por isso, podem comprometer a rentabilidade de sua carteira de investimentos.

Como exemplos dos riscos não diversificáveis, temos situações macroeconômicas como a inflação, juros, taxa de câmbio, instabilidade política, entre outros.

Diversificáveis ou não sistêmico

Esses riscos mudam de aplicação para aplicação, mercado para mercado e até divergem entre países. É um perigo que ronda determinado tipo de investimento e, como consequência, pode ser minimizada com a diversificação de sua carteira de investimentos.

Um exemplo prático é a desvalorização de uma ação na bolsa de valores. Se por algum motivo as ações da empresa “A” despencarem, suas perdas podem ser minimizadas se possuir outros ativos rentáveis em sua carteira.

Como montar uma estratégia de diversificação eficaz?

Agora, a sua próxima pergunta provavelmente é: “Como vou aproveitar esse princípio para ganhar mais dinheiro nas minhas aplicações e correr menos riscos?”

Veja dois passos essenciais para tornar essa estratégia infalível em seu portfólio de investimentos!

Passo 1: Escolha mercados diferentes

É importante frisar que a diversificação deve ser feita entre mercados diferentes e não apenas entre ativos diferentes. Não adianta mesclar sua carteira apenas em diferentes fundos de investimento, pois esse tipo de aplicação PODEM se comporta de maneira semelhante.

Logo, se algum risco diversificável comprometer um dos fundos é provável que todos os outros também sejam afetados. Por isso, selecione mercados ou classes diferentes.

Esse dado fica mais evidente no whitepaper publicado pela Vanguarda, uma das maiores consultorias em finanças do mundo. Segundo o estudo, 88% dos resultados de uma carteira estão ligados com o balanceamento entre mercados.

A lógica também confirma essa linha de pensamento para diversificar investimentos!

Digamos que o mercado de ações esteja em desvalorização, por conta da queda do dólar por exemplo, outras aplicações não serão afetadas e seu dinheiro estará a salvo. É exatamente essa linha de raciocínio que você deve seguir na hora de diversificar seus investimentos.

Passo 2: Defina uma estratégia específica

Outro ponto a levar em conta é que não existe uma fórmula mágica de diversificação.

Como os investidores possuem diferentes perfis e recursos diferenciados, a estratégia de diversificação também muda. Não necessariamente o que funciona para outra pessoa vai funcionar para você.

Então, consulte um assessor de investimentos de sua confiança e avalie bem o seu perfil de investidor. Procure descobrir qual a carteira correta para o seu caso, de modo que a rentabilidade ajude a realizar seus objetivos e os riscos não sabotem o seu planejamento. Analise sempre o tempo que você poderá ficar com o dinheiro “preso” e possíveis necessidades de curto prazo que poderá ter e farão você precisar do dinheiro.

Agora é só utilizar essas observações em sua rotina de investimentos, aumentar sua lucratividade e reduzir as perdas de sua carteira de investimentos.

Não deixe passar a oportunidade de ganhar mais, diversifique a sua carteira hoje mesmo.

Você já trabalha com o balanceamento de seu portfólio de investimentos? Em quais aplicações investe atualmente? Está pensando em diversificar, mas não sabe por onde começar? Fale comigo.